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A Baía de Paranaguá é berço de uma grande riqueza de espécies, sendo muitas delas crustáceos decápodes, como os da família Portunidae, popularmente conhecidos como siris. Os siris possuem relevante importância ecológica e econômica na região. O objetivo desse trabalho foi analisar a composição quali-quantitativa dos crustáceos decápodes no setor euhalino da baía de Paranaguá, com ênfase no siri exótico Charybdis hellerii. As coletas são realizadas desde maio de 2014 e acontecem em oito pontos amostrais da Baía de Paranaguá. Nestes locais coletas são realizadas trimestralmente, com dez gaiolas iscadas submersas por no mínimo 12 horas. Já na Ilha da Banana e Ilha das Cobras são realizadas ainda, amostras mensais de coleta de busca ativa manual. Entre maio de 2014 e dezembro de 2022, foram obtidos 18.122 indivíduos de nove espécies, Acantholobulus schmitti; Achelous spinimanus; Callinectes bocourti; Callinectes danae; Callinectes exasperatus; Callinectes ornatus; Callinectes sapidus; Charybdis hellerii e Menippe nodifrons. As espécies mais abundantes foram C. danae e C. hellerii totalizando 57,36% e 21,15% das amostras, respectivamente. Os meses de maior captura de siris foram junho de 2014 com 757 indivíduos, abril de 2016 com 628 indivíduos e abril de 2017 com 553 indivíduos, respectivamente. Sendo assim, foi observado uma maior abundância nos meses correspondentes ao outono e inverno. Na metodologia de gaiola, o ponto amostral com maior abundância foi a Ilha do Mel com 2.180 indivíduos coletados e a riqueza de espécie se destaca no ponto amostral de Ponta de Ubá com sete diferentes espécies. Na manual destaca-se a Ilha da Banana com 4.701 indivíduos. Contudo, vale ressaltar que a coleta manual acontece como um método de controle para captura da espécie exótica. Ao longo do tempo notou-se o aumento da abundância de C. hellerii, encontrado em maior número no ponto amostral Ilha das Bananas, reforçando o estabelecimento da espécie na baía de Paranaguá.